“A filosofia, que antes parecia superada, segue viva porque se deixou passar o momento de sua realização” (Theodor Adorno, Dialética Negativa).
A filosofia é um lugar de disputas do pensamento. E ela se encontra no limite entre a projeção da consciência e da resignação, entre a dominação e a liberdade. Dizer o que ela não é o que ela não faz talvez seja mais oportuno para o pensamento, pois guarda um momento fundamental que a constitui – a saber a crítica. O pensamento filosófico constitui-se no paradoxo da consciência, da encarnação e desencarnação do pensamento com a vida. A atualidade filosófica não é o quanto se faz presente na vida das pessoas, mas em como ela se faz. Cultivando o espaço das crises e incertezas no radical sentido do termo. Tê-la ou não nos currículos escolares não quer dizer que seremos mais ou menos filosóficos, isto é, mais ou menos críticos.
A filosofia é um lugar de disputas do pensamento. E ela se encontra no limite entre a projeção da consciência e da resignação, entre a dominação e a liberdade. Dizer o que ela não é o que ela não faz talvez seja mais oportuno para o pensamento, pois guarda um momento fundamental que a constitui – a saber a crítica. O pensamento filosófico constitui-se no paradoxo da consciência, da encarnação e desencarnação do pensamento com a vida. A atualidade filosófica não é o quanto se faz presente na vida das pessoas, mas em como ela se faz. Cultivando o espaço das crises e incertezas no radical sentido do termo. Tê-la ou não nos currículos escolares não quer dizer que seremos mais ou menos filosóficos, isto é, mais ou menos críticos.
É preciso deixar passar o momento de sua realização. Suas opções são os horizontes possíveis do pensamento crítico. Numa sociedade como a nossa, que subjulga-se no limite do capitalismo, que restringe a existência de homens e mulheres, na sua maioria jovens (basta perceber o genocídio fruto da violência institucionalizada), onde o ridículo se torna comum, a tarefa do filósofo é não fazer jus ao pensamento que não se mobiliza. Hoje, mais do que nunca, nossa sociedade capitalista, com sua “roupagem” de democracia e liberdade é o mais sofisticado totalitarismo e o mais perverso, pois nos mostra como verdadeira a face única de sua onipotência, onipresença, circunscrevendo o círculo de “mortes programadas” numa necessidade naturalizada da forma mercadoria. Pensar na filosofia ou no pensamento filosófico a partir dessa perspectiva deve se levar em conta o terreno movediço. Por um lado sem a pretensão de uma validade absoluta e sua onipotência conceitual e prática, por outro, cair na resignação ideológica que alimenta a própria dominação capitalista, ou no imobilismo “cauteloso”, por não ser pretensioso em constituir formas possíveis de destruição do próprio capitalismo.
A filosofia não pode ter a função e a pretensão de ser a “guardiã única da racionalidade” e muito menos prenuncio da “morte” sistemática de sua própria racionalidade e da irrupção da plurivocidade que seja capaz de contrapor-se ao atentado contra a vida. Estamos vivendo uma crise de referência, estamos no limite da insustentabilidade de um sistema, se não morto totalmente, mas que ainda só sobrevive das agruras da dominação, da repressão, da violência e da corrupção. Isso significa dizer que muitas coisas estão em jogo. Uma delas é nos perguntar que tipo de filosofia precisamos?. No dizer de Adorno “se a filosofia ainda é necessária, então terá que sê-la, igual que sempre, como crítica” (Para que ainda filosofia?).
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