Sejam bem-vindos e bem-vindas ao espaço crítico (alternativo) de exposição de idéias, conceitos e reflexão. É uma tentativa de ocupar os meios virtuais de modo a constituir redes interativas de pensamentos críticos-criativos e atuantes. Temas diversos, polêmicas, divulgação de atividades, publicações autorizadas. Uma "constelação" de assuntos que se permitem serem pensados, reelaborados e reinventados. Não reduzidos a mera descrição, mas dirigidos a uma provocação atuante, embora consciente de suas limitações.
Serão priorizados os temas relacionados a Filosofia e Educação. Sobretudo, no que diz respeito a necessidade de estabelecer “novos” sentidos na relação teoria e prática educativa. A educação acompanha o processo vital do ser humano, no fazer-se humano, não havendo uma prática social anterior, mas um processo de auto-compreensão e auto-transformação social. Dessa forma, as teorias e as práticas educativas constituem-se na reflexão dos processos pedagógicos e na explicitação das relações sociais constituidas históricamente, em reciprocidade, constroem-se.
Nessa construção a educação se relaciona com a política, a ética e a estética, que são dimensões fundamentais da vida humana. Funda-se na historicidade, no fluxo permanente de transformações do ser humano e do mundo, no movimento dialético da memória/projeto. O movimento histórico se constitui na pluralidade de seus momentos, associado a diversidade dos seres humanos concretos, sujeitos coletivos, capazes de transformar suas redes de relações e de compreender a estrutura dos significados e de relançar suas pré-tensões de vida livre, objetivo-síntese do processo educativo.
Conforme Zuin (1999)* as reformas pedagógicas por si só não serão suficientes para as mudanças radicais e necessárias da realidade da escola e da prática docente. Haverá um abismo entre as pretensões pedagógicas prospectivas e seus respectivos desdobramentos. Reconhecendo isso, reconhecemos o caráter problemático das condições objetivas que precisam ser transmutadas. A ruptura com antigos parâmetros, as chamadas crises de valores, a crise das ideologias, são realidades que se mostram cada vez mais presentes em nossa era de globalização. Portanto, a necessidade de reflexão para tais questões tornou-se a marca central desse nosso tempo.
Nas sociedades de massa tudo passa a ser tomado segundo o valor de troca. Todo indivíduo é intercambiável e dispensável. Massa e classes sociais dissociam-se, pois é característica da primeira não só a ausência de pensamento autônomo, ou de pensamento propriamente dito, como também, de maneira mais essencial, ausência de interesses comuns. Vivemos em uma sociedade cada vez mais exigente em seus constructos de relações mundializadas, que convocam seus membros a buscarem novas maneiras de atuar em suas relações de sobrevivência. O que temos é uma formalização racional, tecno-industrial, reduzida e vinculada ao poder, a dominação e a exploração. conhecidas com aspectos da criação/produção/representação de uma nova sociedade. Se não estamos atentos a essas configurações sociais, não despercebemos as relações alienantes e ideológicas que, mecanicamente automatizam o sujeito como peça de uma engrenagem social, fechado em si mesmo e como mero consumidor dos espetáculos da chamada Indústria Cultural.
Embora estejamos vivendo numa cultura globalizada, torna-se em evidencia a idéia de um outro, do diferente, no entanto, permanecemos distante de uma realização efetiva da alteridade. Notamos muito mais em nosso cotidiano manifestações de eliminação do outro, sobretudo, através da discriminação racial, social e da exclusão, do que aspectos de acolhimento e solidariedade. Dessa forma, o resgate da alteridade deve estar, potencialmente, nos planos de uma educação emancipadora e de resistência à barbárie.
Nesse sentido, na Educação não pode ficar presa a modelos ideais, visto que a realidade heterônoma exige uma profunda teoria crítica da educação. Creio que as contribuições de tal teoria estão na relação não recrudescida entre teoria e prática, na percepção dos descaminhos da racionalidade técnico-instrumental e, sobretudo, na busca da auto-reflexão da Formação. Conforme afirma Theodor Adorno: A Educação tem sentido unicamente como educação dirigida a uma auto-reflexão crítica (1995, p.121).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ADORNO, Theodor. Educação e Emancipação/trad. Wolfang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
ZUIN, Antônio Álvaro S. Indústria cultural e educação: o novo canto da sereia. São Paulo: FAPESP e Autores Associados, 1999.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Boa estratégia para eu ler o seu blog, hehehehehe
amigo, espero que esteja continuando na luta e acreditando nos seus projetos. abraços desde daqui da España. mas, podes me escrver em português, hhihihihihi
Muleka
Postar um comentário