segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Desafios de ser professor/a

Contexto (des)favorável - Políticas Educacionais; Tabus acerca do ensino; precarização do trabalho docente; intensificação das exigências mercantis na educação;.....estas se configuram em novas barbáries sociais que precisam ser superadas A questão fundamental é: como a educação poderia contribuir para que a barbárie fosse evitada? Para o filósofo Theodor W. Adorno (1903-1969), constatar que a barbárie existe não é motivo para conformação, mas antes, a necessidade de aumentar o “elemento desesperador” em torno da necessidade de se evitá-la. Neste sentido, a “educação após Auschwitz” ou a "educação contra barbárie" têm uma missão espinhosa: combater os “mecanismos que produziram pessoas capazes de cometer atos tão horrendos”. Atualmente, simbolizados por políticas que expropriam o sentido do ser humano. Por isso, o que significa ser professor/a nesse contexto? Ser professor/a é dar as mãos ao mundo, um mundo construido com muitas mãos! Ser professor/a é ser uma peça importante no jogo da vida, sem ela o jogo fica incompleto!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A condição humana e a vida política – De Hannah Arendt à Amanda Gurgel


Hannah Arendt nasceu em 1906, em Hanover, Alemanha. Nascida numa família judia que, com a perseguição nazista, fugiu para França em 1930 e depois para os Estados Unidos, onde morreu em 1975. Escreveu diversos obras, entre elas destacam-se: O sistema totalitário, A condição humana, Entre o passado e o futuro. Para Arendt nosso tempo é marcado por crises de três sustentáculos da civilização ocidental: da religião, da tradição filosófica e da política. Ambas crise dizem respeito a perda da Autoridade. Essa crise de autoridade, da lugar ao Autoritarismo. Segundo, Arendt, o Totalitarismo é uma novidade política do mundo contemporâneo. Ele nos ameaça na vida prática e constitui um desafio ao pensamento desarmado para compreendê-lo; O terror dos regimes totalitários é legitimado ideologicamente pela afirmação da existência de leis da natureza que o justifica (ordem natural). Todavia, Hannah Arendt tinha uma visão otimista em relação a saída do totalitarismo; Acreditava na democracia, na participação direta dos cidadãos e depositava esperanças de mudanças na vida política. Todavia, esse otimismo de Hannah Arendt, carecia de um posicionamento mais convicto no protagonismo da classe dos explorados. As suas lições sobre as crises dos sustentáculos da civilização nos mobiliza para o exercicio da democracia, mas não nos alerta suficientemente para o perigo de uma ideologia demagógica da democracia burguesa. Que supostamente todos teriam voz e vez no exercicio da política. Para nós, o exemplo da professora Amanda Gurgel (eleita Vereadora pelo PSTU em Natal/RN), demonstra que a democracia direta do povo na rua, continua sendo o melhor critério da "verdade". Uma política democrática só será consequente se estiver pautada no exercício pleno da libertação dos explorados. No melhor estilo arendtiano, Amanda Gurgel escolhe fazer o exercicio pleno da liberdade ocupando o espaço público da política. Porém, no melhor estilo revolucionário toma uma posição ao lado daqueles que anseia novos tempos de exercício pleno da democracia libertadora. Professora Amanda Gurgel se emociona durante comemoração de sua eleição em Natal - créditos da foto: http://pstu.org.br/partido_materia.asp?id=14593&ida=0